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INSTRUÇÕES PARA BAIXAR OS ARQUIVOS DE "A POLEGARZINHA"

  Instruções para baixar corretamente: Estou arrecadando dinheiro e colaborando com um gatil (comprando rações) 15 reais e tenha a sua cópia...

sábado, 12 de junho de 2021

INSTRUÇÕES PARA BAIXAR OS ARQUIVOS DE "A POLEGARZINHA"

 Instruções para baixar corretamente:

Estou arrecadando dinheiro e colaborando com um gatil (comprando rações)

15 reais e tenha a sua cópia digital

                             disneyabrilvideo@gmail.com

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TENHAM UM LINDO DIA!

CD-ROM "A POLEGARZINHA" DON BLUTH 1995

O desenho "A Polegarzinha" de Don Bluth foi lançado aos cinemas em 1994, mas em 1995 saiu pela primeira e última vez em VHS, assim como também saiu neste mesmo ano o seu CD-ROM -  destinado a crianças de 03 à 08 anos de idade.

Polegarzinha (1995) (PT-BR)

by Time Warner Interactive

Publication date 1995

Topics infantil, CD-ROM, PT-BR

Language Portuguese





A Polegarzinha, versão brasileira (com texto e áudio em português) distribuída pela New World Interactive em 1995. Versão original: Thumbelina, publicado pela Time Warner Interactive.

Se você quiser baixar, aqui está disponível todo o conteúdo desde CD.

Não roda em Windows 10.

Addeddate 2021-01-10 22:32:31

Identifier polegarzinha-1995-pt-br_202101

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quarta-feira, 26 de maio de 2021

QUEM É DON BLUTH E SUAS INSPIRAÇÕES??

 CONHEÇA DON BLUTH:

Santo dos Últimos Dias e animador responsável por lindos filmes da Disney

Don Bluth: Um grande artista e religioso cristão

Seu nome completo é Donald Virgil Bluth (El Paso, Texas, 13 de setembro de 1937) e é um animador estadunidense e produtor independente. Bluth chegou a ser um dos chefes da animação da Disney, sendo que nos estúdios de Walt Disney, uma de suas mais famosas produções foi "Bernardo e Bianca". Com seus colegas animadores Gary Goldman e John Pomeroy, demitiu-se em 1979 para começar o seu próprio estúdio de animação, a Don Bluth Productions (também conhecida como Sullivan Bluth Studios). Seu estilo tende a ser mais áspero e mais enérgico que o estilo Disney, bem como apresenta uma tendência para o elemento místico.


Suas Pincipais Produções na Don Bluth Productions:

The Secret of NIMH (1982)

Um Conto Americano (1986)

Em Busca do Vale Encantado (1988)

Todos os Cães Merecem o Céu (1989)

Chantecler - O Rei do Rock (1991)

A Polegarzinha (1994)

Um Duende no Parque (1994)

O Cristal e o Pinguim (1995)

Anastasia (1997)

Bartok the Magnificent (1999)

Titan A.E. (2000)


O início da arte na vida de Don Bluth

Desde criança ele sonhava em trabalhar com desenhos animados

Don Bluth amava ir ao cinema. Quando criança, ele montava em seu cavalo, Flash, para ir até a cidade e o deixava preso embaixo de uma árvore antes de entrar no cinema. Enquanto Flash “cortava a grama”, Don experimentava a magia dos filmes da Disney em toda a sua glória, e se maravilhava com a cor, a música e a narrativa de cada cena.

Ao sair, Don montava em Flash e voltava para casa, e passava o tempo conversando com o amigo. O cavalo fiel sempre respondia. Talvez a resposta viesse de sua própria imaginação infantil ou não, Don não sabe dizer.

“Ele era muito encorajador, ele sempre dizia, ‘ Você pode fazer o que quiser. Você tem apenas que acreditar em si mesmo… e se você quer ser um animador da Disney e gosta disso, então isso é ótimo. Siga em frente e faça.”, lembra Bluth.

Don levou aquele conselho a sério. O menino que antes sonhava em ser animador trabalhou para a Disney em alguns dos filmes mais clássicos da empresa, incluindo ‘A Bela Adormecida’ (1959), ‘101 Dálmatas’ (1961), ‘A Espada Era a Lei’ (1963), ‘Robin Hood’ (1973), ‘O Ursinho Pooh e Tigrão’ (1974), e ‘Meu amigo, o Dragão’ (1977) - como diretor de animação.

Então, Bluth encontrou uma encruzilhada que ele nunca havia previsto, que o obrigou a deixar o mundo da Disney para iniciar uma empresa de animação independente, algo que mudaria sua vida para sempre.

Desde então, Bluth se tornou um dos profissionais de maior prestígio na indústria, deixando sua marca não apenas como animador, mas como diretor de filmes como ‘A Ratinha Valente’ (1982), ‘Todos os Cães Merecem o Céu’ (1989), ‘A Polegarzinha’ (1994), Anastasia (1997) e Titan (2000).

O animador também trabalhou com alguns dos maiores nomes do cinema. Bluth trabalhou com Steven Spielberg na década de 1980 em ‘Um Conto Americano’ (1986) e ‘Em Busca do Vale Encantado’ (1988). Ele também trabalhou com notáveis dubladores como Meg Ryan, Angela Lansbury, John Cusack, Matt Damon, Bill Pullman e Drew Barrymore.

E não é apenas a carreira de Bluth que se destaca, mas também como sua fé moldou o trabalho de sua vida.

As encruzilhadas


Embora ele tenha passado grande parte de sua infância ordenhando vacas na fazenda da família, o coração de Bluth nunca esteve realmente na vida do campo.

Bluth se sentia mais atraído por lápis e papel e queria aprender a desenhar mais do que qualquer coisa.

Porém, sem acesso a professores ou internet para buscar informações, ele teve que aprender sozinho, ao copiar os personagens dos quadrinhos da Disney. Ele praticava repetidas vezes e quanto mais desenhava, melhor se tornava.

Somente por volta dos 16 anos que Bluth foi apresentado ao mundo da animação por “Judge” Wetzel Whitaker, um homem que havia saído da Disney depois de trabalhar em Peter Pan (1953), para assumir o departamento de cinema da Universidade Brigham Young.

Whitaker foi uma inspiração para Bluth. Foi através dele que Bluth viu pela primeira vez o equipamento usado no programa da BYU e aprendeu sobre a produção de filmes.

Foi nessa mesma época que Bluth recebeu um conselho do pioneiro da animação na BYU que ele nunca esqueceu.

“Eu perguntei a ele: ‘Por que você deixou a Disney?’ Eu não conseguia entender por que alguém faria isso, e ele respondeu: ‘Isso se chama uma encruzilhada’”, lembra Bluth.

“E ele disse, ‘Um dia, você chegará na sua própria encruzilhada. Você verá’”, continuou Bluth. “E eu cheguei. E me lembrei do que ele disse”.

Para Bluth, essa encruzilhada se manifestaria de várias maneiras. Na década de 1950, por volta dos 18 anos, ele levou seu portfólio para a Walt Disney Productions e conseguiu um emprego para trabalhar em ‘A Bela Adormecida’.

O filme, diz Bluth, foi uma “referência na história da animação”, e a Disney usou todos os recursos disponíveis para criá-lo.

Kelly Loosli, professor de Animação e Produção de Ficção Artística da BYU, explica que o filme ‘A Bela Adormecida’ era “mais complexo… com um contraste interessante de formas suaves contra formas duras, ângulos contra curvas” em se comparado aos filmes anteriores.

Ele acrescenta que pode ver como o filme influenciou o trabalho de Bluth, considerando que Milt Kahl, um dos principais animadores da Disney e que trabalhou no Príncipe Phillip, foi um dos mentores de Bluth.

Em um ano, Bluth deixou de ser um “ninguém” para se tornar um gerente assistente da Disney.

Então, seu bispo o chamou e pediu que servisse a uma missão. Embora significasse deixar para trás tudo pelo que tinha trabalhado, Bluth orou sobre o assunto, pediu conselho a seus pais e decidiu servir como missionário de tempo integral.

“Então fui até o pessoal da Disney e disse: ‘Vou fazer uma missão para a Igreja. E eles ficaram muito desapontados. Eles disseram: ‘Você tem tudo em suas mãos agora. Você pode ser o que quiser aqui no estúdio.’ [Eles disseram], ‘Você quer jogar tudo fora?’ E eu disse: ‘Vou recuperar’”.

Ao partir para sua missão de dois anos e meio na Argentina, Bluth não passou por nenhum programa de treinamento quando era um jovem élder.

Ele comprou um livro de gramática para aprender espanhol sozinho, pegou um avião para Nova York e depois embarcou em um barco, fez uma viagem de 30 dias até chegar ao seu destino.

Pelo que Bluth sabe, ele foi o último missionário santo dos últimos dias a viajar dessa maneira.

Durante seu tempo como missionário, Bluth também montou duas peças, ‘O Mágico de Oz’ e ‘Peter Pan’, do zero, o que envolveu compor músicas originais e escrever o roteiro em espanhol.

Foi durante sua missão, ao compartilhar as verdades do evangelho que teve uma nova perspectiva do que seu futuro realmente reservava para ele.

“Em tudo o que faz com sua vida, ou você é uma testemunha de Jesus Cristo ou não é. E descobri isso na missão”, diz ele.

“Então, o que eu fiz ao dizer: ‘Espere, não se trata do Don e animação, mas sim do meu relacionamento com o Salvador e do que posso fazer para mostrar amor às outras pessoas’… quando voltei para casa, demorei um pouco para voltar ao mundo da animação. Mas quando finalmente consegui, isso me deu uma voz”.

Voltar ao mundo da animação


Voltar a trabalhar na Disney “demorou um pouco”, diz Bluth. Quando jovem, ele não conseguia se decidir por uma especialização e “abandonava” seus estudos na Brigham Young University entre os verões de trabalho na Disney.

Por fim, ao estudar inglês, Bluth, que nunca havia se interessado pela leitura, se apaixonou pela palavra escrita. Até hoje, ele dá crédito ao programa pela forma como ele retrata seus personagens.

“Os desenhos que eu fazia não eram mais apenas desenhos – eles representavam personagens que tinham pensamentos e filosofias. Tudo subiu de nível. A missão fez isso e também a educação no departamento de inglês”, ele diz.

Quando Bluth voltou à Disney em 1971, as coisas no estúdio não eram as mesmas. De acordo com um artigo de 1979 do New York Times, o filme ‘A Bela Adormecida’, que levou seis anos e 6 milhões de dólares para ser produzido, foi um fator significativo no prejuízo de 1,3 milhões de dólares da Disney entre 1959 e 1960.

Além disso, Bluth sentiu que os acionistas públicos influenciaram as decisões da empresa, reduzindo a qualidade da produção à medida que efeitos especiais demorados, como sombras, brilhos na água e fumaça começaram a desaparecer dos filmes da empresa.

Desencantado com aquela situação, Bluth se demitiu da Disney em 1979. Mas ele não foi o único, vários animadores da Disney seguiram Bluth em sua nova produtora independente, incluindo os co-fundadores John Pomeroy e Gary Goldman.

“Algumas pessoas costumavam perguntar: ‘Por que você deixou a Disney?’ Porque isso parece uma coisa boba de se fazer”, diz Bluth.

“Eu saí basicamente porque o Walt foi embora. E se o Walt não estava lá, sua visão também não estava. Tornou-se um processo mecânico… Então, por que não torná-lo melhor, quando realmente o que o impulsionava estava reduzindo o custo? Demorou um pouco para que Michelangelo pintasse a Capela Sistina. Se você dissesse a ele: ‘Você tem apenas um mês’, o que você receberia?”

A moral da história

Uma mudança na forma de contar histórias foi outro fator na decisão de Bluth de deixar a Disney. Acreditando que “uma história é tão forte quanto o seu vilão”, Bluth diz que filmes originais da Disney como ‘Branca de Neve’ (1937), ‘Pinóquio’ (1940) e ‘Bambi’ (1942) ensinam sobre moral elevada excepcionalmente bem, já que os vilões eram tão assustadores.

Mas por outro lado, filmes como ‘Robin Hood’ (1973), no qual o próprio Bluth trabalhou, fugiram dessa tradição, optando pela comédia. Bluth achava que isso tornava as histórias mais “moles” e de “vendas fáceis”, já que a empresa começou a ficar mais preocupada com o número de telespectadores.

Conhecido por muitas vezes trabalhar com temas sombrios em seu próprio trabalho, Bluth gravita na “jornada do herói”, onde os personagens principais superam obstáculos difíceis, acreditando que essas histórias refletem melhor a oposição entre o bem e o mal.

“Temos um vilão na vida real? Sim, é Satanás. E nós temos um herói? Sim, Cristo. E os dois estão em guerra, e nós somos a recompensa. Portanto, me parece que vamos falar sobre situações reais, mesmo na caricatura, nos desenhos animados, temos que incluir esse cenário”, diz ele.

Incluir esse cenário em seus próprios filmes significa que Bluth também é capaz de incorporar naturalmente outras verdades religiosas em suas histórias.

Em 'A Ratinha Valente', o favorito de Bluth entre seus filmes, a personagem principal, Sra. Brisby, tem que salvar seu filho e “parar de pedir a alguém para fazer o que você mesmo precisa fazer”, o que ele acredita estar de acordo com os princípios do evangelho.

Na animação ‘Em Busca do Vale Encantado’, vemos um tema abrangente sobre famílias e vida eterna. No final do filme, o protagonista, Littlefoot, acredita que viu a sombra de sua mãe, que morreu no início do filme, mas na realidade, era apenas sua sombra na parede.

“Mas quando ela está morrendo, ela diz a ele: ‘Eu estarei com você para sempre’. Essa é uma filosofia muito, muito [Santo dos Últimos Dias], de que a família ficará junta para sempre… mas tenho certeza de que [há] muitas pessoas que não são [membros da Igreja] que concordariam que isso é verdade, porque é uma verdade. Vocês vão ficar juntos. E a vida não termina quando você morre, ou quando o corpo morre. Ela continua. E o pensamento feliz é que não apenas continuará, mas você será ressuscitado”.

Um canal para inspiração

Bluth descobriu que não está sozinho no processo criativo.

“Aprendi ao longo dos anos que as ideias e a criatividade não são realmente [minhas], que sou um canal através do qual acredito que a Divindade pode falar. Mas não sou eu quem está fazendo isso. Há momentos em que você se sente absolutamente sozinho e que não vai conseguir. E há outros momentos em que realmente flui, como a água flui em um rio”.

Ao longo dos anos, Bluth trabalhou em diversas partes do processo de filmagem, além de projetar personagens, orquestrar cores, iluminação e história.

Porém, embora muitas vezes tenha que fornecer soluções para dilemas em seu papel como diretor, ele descobriu que, ao estar conectado com Deus, as coisas inevitavelmente dão certo.

“Não há pressão porque acho que é tudo uma questão de inspiração”, ele diz. “Ou você é o canal ou não é. Se você tentar operar por conta própria, você falhará”.

Bluth não busca apenas inspiração em seu trabalho – ele também busca revelação nas escrituras.

Um grande amigo, Roger McKay, que também fez parceria com Bluth na criação de um teatro comunitário em Scottsdale, Arizona, diz que costuma ver isso em ação.

“Observei Don ao longo dos anos, e às vezes ele parece uma criança quando descobre algo nas escrituras, e nós nos sentamos juntos e [ele diz]: ‘Você sabia disso? Você leu sobre isso? Você sabe o que isso significa?’ E ele vai começar a falar sobre esses pequenos princípios nas escrituras e apenas se aprofundar neles… ele me ensinou muito e está sempre curioso como uma criança. É incrível.”

Bluth diz que as escrituras, além da inspiração do Espírito Santo, são a chave para o testemunho pessoal e o conhecimento das verdades do evangelho.

“Há um filme do Charlie Chaplin, no qual ele joga o mundo como um grande balão. Ele sobe e desce, sobe e desce, certo? O testemunho é muito parecido com isso. Às vezes é muito forte, às vezes é fraco e vai descendo”, diz ele.

“Portanto, as escrituras estão aí… se você não estender a mão e bater, você não as entenderá. E o Espírito Santo é o revelador. Ele virá e lhe dará garantias do que é verdade… O Espírito Santo pode provar qualquer coisa”.

Desde quando serviu como presidente de ramo na Irlanda, quando mudou seu estúdio de animação na década de 1980, até seu atual chamado como professor da Escola Dominical, Bluth faz “tudo ao seu alcance” para garantir que ele entregue o que é necessário, diz McKay.

“Ele não quer falhar e quer ter certeza de que está servindo com diligência e fidelidade”, diz McKay. “Mesmo durante a pandemia, ele está descobrindo maneiras criativas de ensinar e se certificando de não perder nenhum domingo ou o que deve ensinar. Ele é muito, muito diligente. Muito disciplinado e dedicado”.

Dentro e fora do palco

Bluth também é muito querido dentro de sua comunidade. Desde 2004, ele trabalha com o vice-presidente e produtor McKay na criação de peças no Don Bluth Front Row Theatre.

Esse amor pelo teatro também se reflete nos trabalhos de animação de Bluth. Quando se trata de desenho, ele diz:

“Se você não consegue fazer seus personagens parecerem que estão expressando algum tipo de emoção ou fazendo o processo de atuação, então a animação não é muito boa. Os animadores são, na verdade, apenas atores, mas desenham sua atuação em vez de estar no palco ”.

Tanto em seu trabalho quanto no cuidado com os outros, Bluth está sempre “cuidando dos oprimidos”, diz McKay.

Ele está focado em duas coisas muito importantes – amor e anseio pelo lar, provavelmente porque esses princípios “conduzem sua própria vida”.

“Acho que ele sempre olha para o seu trabalho, seja no teatro, peças ou filmes, através das lentes de ‘Como isso vai elevar meu público?’”, diz McKay.

“Ele sempre olha através das lentes da elevação espiritual, de ‘Como posso elevar alguém por meio do meu trabalho?’”

Histórias que valem a pena ser contadas

Muita coisa mudou no mundo da animação desde que Bluth, agora com 83 anos, começou a trabalhar na Disney ainda durante sua adolescência.

Hoje em dia, muitas vezes o marketing direciona o conteúdo dos filmes, com o custo mais alto, é preciso dar mais atenção para que um filme seja lucrativo.

Também há mais competição com estúdios produzindo filmes em todo o mundo, então pode ser difícil “quebrar o barulho”, diz Loosli. Portanto, o fato de Bluth ter feito tantos filmes é um grande feito.

“Muitas pessoas tentaram [construir um estúdio independente] e, se tiveram sorte, conseguiram fazer um único filme. Esse filme pode até ter rendido algum dinheiro… mas raramente essa pessoa conseguiria fazer outro filme. Don derrotou todas as probabilidades e, com perseverança e determinação, fez uma grande coleção de filmes ao longo de sua carreira. Não consigo pensar em ninguém que tenha feito o que Don fez. É extraordinário”.

Como o mundo da animação mudou de desenhos à mão para animação digital, Loosli diz que o trabalho de Bluth se manterá por conta própria, pois é parte da forma de arte original que torna seus filmes tão distintos.

“Muitos dos filmes de Don passarão pelo teste do tempo porque foram animados à mão por verdadeiros artesãos, por pessoas que eram apaixonadas pelas histórias que contavam e pelo meio em que as contavam. Ele sempre será visto como um entre um pequeno grupo de pessoas que deram uma nova vida à indústria da animação”, diz ele.

Atualmente, Bluth passa a maior parte de seu tempo ensinando cursos de desenho on-line na Don Bluth University, escrevendo sua autobiografia e trabalhando no projeto mais recente da Don Bluth Studios, ‘As Fábulas de Bluth’.

Com base em contos escritos por Bluth, o projeto destaca a assinatura de animação à mão do estúdio sobre contos em movimento.

Recentemente, o santo dos últimos dias também fechou um acordo com a Netflix e fará um filme de ação sobre o videogame de Bluth, ‘Dragon’s Lair’ (1983), em um futuro não muito distante.

Mas enquanto isso, se houver outras histórias para contar, Bluth certamente as reconhecerá.

“Acho que a única história que vale a pena contar, realmente, é aquela que o empurra em direção à verdade, ou seja, a verdade da vida, a vida eterna, tudo. O que empurra você para isso? A descobrir quem você é. Muitas pessoas não sabem quem realmente são”, diz ele. “Então, qualquer filme que eu puder fazer, se puder ajudar as pessoas a chegar lá, eu estaria interessado em fazer isso”.

A arte, conclui Bluth, pode ser “um meio maravilhoso se você usá-la corretamente”. E se há algo que que ele espera que seu trabalho transmita é um dos maiores mandamentos de Deus – amar uns aos outros.

“A coisa mais importante, a maior dádiva de todas, foi dada pelo Salvador. E eu mantenho isso em mente o tempo todo. Eu não consigo superar nada. Ele deu vida. Ele deu luz. Ele deu informações. Ele deu alegria. Ele deu tudo o que faz a vida valer a pena. Então… as pequenas coisas que posso fazer destacam isso”, diz ele.

“O que estou tentando [fazer] com a arte é ter certeza de que [eu] inspiro as pessoas a se amarem e serem capazes de amar outras pessoas. Isso é importante. E esse é basicamente o ensinamento do Salvador”.



Com certeza, você nos inspira muito, Don Bluth!
Obrigado por sua arte e por sua inspiradora filosofia de vida...
Permaneça na sua linda fé!!


quinta-feira, 6 de maio de 2021

CRÉDITOS DA DUBLAGEM DE "A POLEGARZINHA" (1994)

 Thumbelina (A Polegarzinha) é uma animação de Don Bluth e Gary Goldman lançada em 30 de Março de 1994 nos Estados Unidos pela Warner Bros. Pictures, baseada no conto de Hans Christian Andersen, escritor dinamarquês de histórias infantis.

Sinopse:

Uma mulher solitária, que sempre quis ter uma filha, procura a feiticeira boa da floresta, que lhe dá uma semente mágica. A semente transforma-se em uma bela flor. Dessa flor surge Polegarzinha, uma menina pequenina do tamanho de um polegar, com um sorriso meigo e uma bela voz. Polegarzinha é muito feliz, mas gostaria de encontrar alguém do seu tamanho, com quem pudesse dividir sua vida. Eis que surge do Reino das Fadas, o Príncipe Cornelius, um jovem bonito, inteligente… e também do tamanho de um polegar! Os dois prometem se encontrar no dia seguinte, mas naquela noite, Polegarzinha é raptada por uma família de sapos. Agora, ela terá que lutar para achar o caminho de volta para casa e encontrar o Príncipe Cornelius.

Elencoeditar | editar código-fonte

PersonagemAtor/Atriz OriginalDublador/Dubladora
Dublagem original (1994)Redublagem
PolegarzinhaJodi BensonMarisa Leal
Mariana dos Anjos (canções)
Príncipe CorneliusGary ImhoffMarcelo Meirelles
Marcelo Coutinho (canções)
JacquimoGino ConfortiPietro Mário
Márcio Lott (canções)
MãeBarbara CookNelly Amaral
Kika Tristão (canções)
Dona RãCharoSelma Lopes
Kika Tristão (canções)
GrandãoJoe LynchLuís Motta
EscaravelhoGilbert GottfriedSilvio Navas
Xico Pupo (canções)
RatonildaCarol ChanningIda Gomes
Pedro Lopes (canções)
Sr. ToupeiraJohn HurtJosé Santa Cruz
Rei ColbertKenneth MarsIsaac Bardavid
Rainha TabithaJune ForaySônia Ferreira
JoaninhasMichael NunesAdriana Torres
Tawny GloverMariana Torres
Kendall CunninghamChristiane Monteiro
Besouros
Orlando Prado

Cordélia Santos

Marise Lobão

Maria da Penha
RaposaNeil RossIsaac Schneider
UrsoPaulo Flores
PadreWill Ryan
CoelhoPat MusickRodney Gomes
HeróiWill Ryan
Vozes adicionais (1994): Telmo Perle Münch, Mauro Ramos, Garcia Júnior, Sílvia Goiabeira, Pedro de Saint German, Ionei Silva, Jomeri Pozzoli, Dário Lourenço, Orlando Drummond, Ênio Santos, Élcio Romar, Alfredo Martins, Jorgeh Ramos, Pádua Moreira, Rodney Gomes, Orlando Prado, Júlio Chaves, Vera Miranda, Patrick de Oliveira, Carlos Seidl, Roberta Madruga
Vozes adicionais (2017):
Coro (1994): Fernanda Carapelli, Teresa Bessil, Márcia Coutinho, Mônica Maciel, Mariângela Marques, Pavlos Euthymiou, Antonio C. Feio, Ronaldo Victorio, José Mauricio Luz, Pedro de Saint German
Coro (2017):
Dueto Final (1994): Marcelo Coutinho e Kika Tristão
Dueto Final (2017):

Créditoseditar | editar código-fonte

Créditos de 1994
Estúdio de DublagemDelart (Diálogos) / Som Livre (canções), Rio de Janeiro
Direção de DublagemPádua Moreira
TraduçãoMaurício Seixas
Pavlos Euthymiou (canções)
Direção musicalMarcelo Coutinho
Produção Musical
Técnico Responsável / Engenheiro de SomCarlos De La Riva
Técnico de Gravação / Co-produçãoLuiz Guilherme D'Orey
MídiaCinema / VHS / Televisão / TV Paga
Canções (1994)
Créditos da Redublagem
Estúdio de DublagemDubbing & Mix, São Paulo
Direção de Dublagem
Tradução
Direção musical
MídiaNetflix / Disney+ / TV Paga (Disney Junior)

segunda-feira, 19 de abril de 2021

OS MAIS MEMORÁVEIS DESENHOS DE DON BLUTH


DON BLUTH TRABALHOU NA DISNEY, MAS TAMBÉM FEZ SEUS PRÓPRIOS DESENHOS


Você já chorou com a linda história do ratinho Fievel? Alugou trocentas vezes “Em Busca do Vale Encantado” em VHS? Cantou junto com a Thalía a música-tema de “Anastasia”? Se já, então você teve contato com a obra de um mestre da animação pouco comentado hoje em dia, mas que, nos anos 80, já foi um competidor de peso para a poderosa Disney: Don Bluth.

Inseri a Disney na história logo no primeiro parágrafo por dois motivos. O primeiro é o mérito comparativo: é bom lembrar que, por uma combinação de vários fatores, Bluth foi Grande (com G maiúsculo) nos anos que antecederam a renascença da Casa do Mickey. O outro é que a rivalidade com a potência da animação foi uma grande força-motriz na carreira do diretor.

SOB A TUTELA DO CAMUNDONGO

Em verdade, Bluth começou sua carreira na Disney, trabalhando como assistente de John Lounsbery, um dos nove animadores-mestres da empresa, durante a produção de “A Bela Adormecida” (1959). Ele não chegou a completar o filme com a equipe: tendo sido contratado em 1955, ele saiu da empresa dois anos depois para realizar uma missão religiosa na Argentina.

Ele eventualmente voltou aos Estados Unidos e chegou a colaborar com alguns projetos da Disney como “freelancer”, até voltar com tudo para a empresa em 1971. A partir desse ano, ele ajudou a animar filmes como “Robin Hood” (1973) e “Bernardo e Bianca” (1977), até que…

A Ratinha Valente, de Don BluthA HORA DA VIRADA

Em 1979, no seu aniversário de 42 anos, Bluth pediu as contas da Disney alegando um ambiente de trabalho hostil, focado em redução de custos e desconectado da essência das animações clássicas do estúdio. Ele e o também egresso Gary Goldman criaram a Don Bluth Productions, levando consigo dezesseis animadores e quase matando a agora rival na sangria; a produção de “O Cão e a Raposa” (1981), em que Bluth chegou a trabalhar nos estágios iniciais, foi atrasada em um ano e meio por conta do ocorrido.

Depois de lançar o curta “Banjo the Woodpile Cat” (1979) e trabalhar nas sequências animadas do musical “Xanadu” (1980), a produtora embarcou no seu primeiro longa, “A Ratinha Valente” (1982). Embora abraçado pelos críticos, ele não rendeu o esperado e levou a empreitada de Bluth à bancarrota, porém…

O MESTRE DOS BLOCKBUSTERS

Ninguém menos que Steven Spielberg bateu à porta do animador para lhe dar uma segunda chance no jogo. Fã de “Ratinha”, Spielberg estava interessado em ter o diretor comandando sua primeira produção animada, “Um Conto Americano” (1986). Aqui, Bluth começou a dar trabalho para seus antigos empregadores: a história de Fievel foi a animação mais rentável a não ser feita pela Disney até então e a primeira que superou uma produção da Casa do Mickey em bilheteria (batendo “O Ratinho Detetive”, ironicamente também estrelado por um roedor).

A parceria de ouro continuou com “Em Busca do Vale Encantado” (1988), sucesso de público e crítica que fez largamente a fama de Bluth no Brasil e gerou doze sequências para o mercado de home video (com uma décima terceira atualmente em produção e prevista para ser lançada ainda este ano). Considerando que “Vale” é um filme bem mais dark do que uma tradicional aventura infantil, seu sucesso foi uma vitória sem precedentes para o animador, que veio ao custo de alguns cortes requeridos por Spielberg e seu coprodutor, George Lucas, que deixaram o filme com meros 69 minutos e menos violento do que originalmente previsto.

Todos os Cães Merecem o Céu, de Don BluthO INÍCIO DO FIM

Potencialmente motivados pelo desgaste durante a pós-produção de “Vale”, Spielberg e Bluth se separaram depois da animação, tornando o próximo filme do animador, “Todos os Cães Merecem o Céu” (1989), o início de uma nova carreira solo.

“Cães”, como muitos filmes do diretor, teve performance mediana nos cinemas, mas encontrou vida nova em VHS, o que foi suficiente para mantê-lo na ativa para produzir “Chantecler – O Rei do Rock” (1991), uma animação estrelada por um galo cantor estilo Elvis Presley.

No entanto, no caminho do galo, havia uma sereia: “A Pequena Sereia” estreou naquele mesmo ano, dando início à chamada Renascença Disney, uma esteira de produções que conquistaram tanto público quanto crítica e que revitalizou o estúdio (e duraria até 1999, com o lançamento de “Tarzan”).

Enquanto seus rivais se reerguiam e lhe deixavam para trás, Bluth amargou outros três fracassos que recolocaram sua carreira no limbo: “A Polegarzinha” (1994), “Um Duende no Parque” (1994) e “O Cristal e o Pinguim” (1995).

Anastasia, de Don BluthUM ÚLTIMO SUSPIRO

Quem se encarregou de tirá-lo de lá novamente foi o estúdio 20th Century Fox, que, ansioso para bater de frente com a Disney, chamou Bluth para chefiar seu departamento de animação. Seu primeiro longa no cargo, “Anastasia” (1998) se tornou seu maior sucesso comercial até hoje, provando que a fórmula Disney (princesas, canções, etc.) não era incompatível com o jeito Bluth de fazer animação (protagonistas picaretas, um vilão quase zumbi…).

O sucesso foi tanto que levou o diretor a seu mais ousado e derradeiro projeto, a ficção científica animada “Titan A.E.” (2000). O filme foi um fracasso tão grande (ele não recuperou nem metade dos custos de produção) que enterrou, de uma só vez, o departamento de animação da Fox e o que sobrava da carreira de longas-metragens de Bluth.

O ARTISTA E O LEGADO

Bluth teve uma carreira movida a obstinação e uma vontade enorme de peitar os grandes nomes da animação. Ao mesmo tempo em que era tradicional na forma de animar e devotado ao estilo dos desenhos da década de 30 e 40, era subversivo e transgressor no conteúdo de seus longas, quase sempre dando um jeito de tocar em assuntos heterodoxos para filmes infantis.

Ao tratar tanto do que nos emociona quanto do que nos causa estranhamento, Bluth compôs um catálogo único, que acabou achando seu lar onde faz mais sentido: no entretenimento doméstico. Seus únicos filmes que realmente pedem o tratamento de uma telona são os produzidos sob a batuta da Fox Animation (“Anastasia” e “Titan A.E.”). Os demais são aventuras de nicho que acabaram se beneficiando do então forte mercado de locadoras.

Com as novas maneiras de se consumir cinema indo de vento em popa (e se afastando cada vez mais dos multiplexes), quem sabe o diretor não ensaia um novo retorno triunfal via Netflix? Já estamos no aguardo.

Enquanto não rola, membros do Cine Set escolhem seus filmes favoritos do mestre:

“Chantecler – O Rei do Rock” (1991), de Don Bluth

LUCAS JARDIM: “CHANTECLER – O REI DO ROCK” (1991)

Ok, vamos lá: este filme gira em torno de um galo cantor que se veste como Elvis Presley e que se vê envolvido em uma trama para mergulhar o mundo em trevas eternas, enquanto um garoto de carne e osso é transformado em um gatinho animado e se desata atrás do galo para salvá-lo. Essa premissa é tão Bluth que dói e mostra quão longe o animador estava disposto a ir atrás de novos resultados: incorporando cinema live-action, apesar de seu amor incondicional por animação 2D, o diretor provou que estava tomando notas de filmes como “Uma Cilada para Roger Rabbit” (1988). A trama sombria, recheada de números musicais inusitados, é um show à parte, apesar de seus ocasionais buracos. Em suma: um filme estilo “Corujão” disfarçado de infantil.

A Polegarzinha, de Don Bluth

CAMILA HENRIQUES: “A POLEGARZINHA” (1994)

21 anos antes de “Homem-Formiga”, Don Bluth já investia em uma diminuta personagem. Talvez traumatizado pela surra que “Chantecler” levou de “A Pequena Sereia” nas bilheterias, ele tenha voltado as atenções para a obra de Hans Christian Andersen, “A Polegarzinha”. O filme apresenta uma trama meio sem graça: uma menina do tamanho de um polegar (!) que vê seus planos de casar com um príncipe da mesma estatura (!) ruírem ao ser raptada por um grupo de sapos (!). Apesar dessa premissa que é um convite ao fracasso, o longa funciona muito por conta de sua protagonista adorável e carismática. Infelizmente, acaba ficando aquém de outros trabalhos de Bluth ao não acreditar no próprio potencial e ficar preso a ser uma mera cópia da Disney. Porém, uma confissão: as músicas são deliciosamente ruins!

“Anastasia” (1997), de Don Bluth

RENILDO RODRIGUES: “ANASTASIA” (1997)

É possível dizer que o final da década de 1990 viu os últimos blocos de animações de qualidade, em vez de uma rara e isolada maravilha, chegar aos cinemas: “Tarzan” (1998), “Vida de Inseto” (1998), “O Príncipe do Egito” (1998) e “O Gigante de Ferro” (1999) são dessa época. Antecedendo essas produções, quase todas de gigantes como Disney e DreamWorks, estava o belíssimo “Anastasia” (1997). Ao narrar, de forma apaixonante, a história de declínio e redenção da princesa russa, Bluth e sua equipe, mesmo correndo por fora, foram capazes de rivalizar, e até mesmo superar, suas formidáveis rivais. A dosagem exata de romantismo e melancolia da trama, aliada à beleza e meticulosidade dos cenários e figurinos, é testemunho da sensibilidade do mestre, que tanto encantou as crianças da minha geração.

“Titan A.E.” (2000), de Don Bluth

GABRIEL OLIVEIRA: “TITAN A.E.” (2000)

Muito antes da Terra abandonada esperando por ser repovoada por humanos obesos em “Wall-E” (2008), Bluth já tinha pensado em “Titan A.E.”. Embora tenha sido o fracasso derradeiro do diretor, talvez um dos maiores problemas do filme, na verdade, tenha sido não se vender bem: a Fox não soube fazer isso e não conseguiu atingir nem crianças, nem adolescentes, nem adultos. Uma pena, considerando que, mesmo com sua boa dose de problemas, “Titan A.E.” é uma ousada space opera em miniatura, reunindo elementos comuns da ficção científica, como uma ameaça alienígena e a destruição da Terra, tendo boas tiradas, e fazendo bom uso de seu visual que combinava CGI e animação tradicional. Mesmo que o protagonista pareça um personagem de “Anastasia” com um corte de cabelo moderno e a trilha sonora seja incrivelmente datada, vale a revisita – e é uma boa introdução ao universo sci-fi para crianças e pré-adolescentes.